Alguns sintomas bastante incômodos são característicos da menopausa. Entre eles pode-se destacar os fogachos, que são aquelas conhecidas ondas de calor, redução da libido, dores de cabeça, cansaço entre outros sintomas que reduzem a qualidade de vida da mulher. Isso ocorre geralmente a partir dos 45 anos que é quando os hormônios produzidos pelos ovários deixam de serem produzidos gradativamente. Dessa forma a reposição hormonal na menopausa é uma maneira de contornar os efeitos indesejados sentidos pelo corpo em reação a redução e mais tarde ausência dos hormônios produzidos pelos ovários.
No entanto, a grande dúvida em relação a utilização da reposição hormonal é que alguns profissionais alertam para o fato de que apesar dessa reposição garantir alguns benefícios, ela também pode apresentar alguns riscos a saúde. A grande questão que deve ser observada é se realmente os sintomas da menopausa estão interferindo na qualidade de vida da mulher, pois em alguns casos onde esses sintomas não são tão fortes a reposição geralmente não é considerada.
Para esclarecer algumas dúvidas que cercam o uso da reposição hormonal alguns pesquisadores resolveram avaliar mulheres que faziam uso da resposição hormonal. Dessa forma eles selecionaram algumas mulheres que estavam fazendo uso de hormônios combinados com estrógeno e progesterona por 5 anos e selecionaram também outro grupo de mulheres placebo. O que foi detectado é que nas mulheres que faziam o uso de reposição hormonal a incidência de câncer de mama era maior, além disso os exames de mamografia dessas mulheres apresentaram mais dificuldades de interpretação e anormalidades. Esse diagnóstico apresentou alta significância e associou-se diretamente ao uso dos hormônios. Alguns profissionais também acreditam que a reposição hormonal favorece problemas do coração como infartos, além de causar ou agravar a hipertensão arterial.
Considerações finais
A reposição hormonal sem dúvida tem uma relevância na prática clínica, no entanto cada caso clínico deve ser levado em consideração de forma individual. Muitas vezes os riscos associados a reposição hormonal são menores quando comparados aos prejuízos causados pela redução ou falta dos hormônios . Quem deve avaliar se a paciente realmente necessita fazer a reposição é um médico especialista. A partir do momento que a mulher passa a fazer a reposição hormonal ela deve ser acompanhada periodicamente por esse profissional, pois o coração, o seio e a pressão sanguínea da mulher, devem ser acompanhados constantemente. Com esse acompanhamento médico rigoroso, a reposição hormonal na menopausa torna-se algo seguro que deve ser realizado apenas por mulheres que realmente necessitam fazê-la.