A Histeria é uma palavra originária do grego, que supostamente se referiria a problemas psicológicos das mulheres que ocorriam por conta de problemas uterinos e menstruais. Por isso, Hipócrates imaginava que a causa da doença fosse o movimento do sangue uterino para o cérebro.
Na verdade a histeria nada mais é que uma neurose que causa uma enorme instabilidade emocional que se manifesta através de diversos sintomas físicos e psicológicos. Os portadores da histeria muitas vezes perdem o controle ou apresentam um pânico exagerado. Foi uma doença intensamente estudada por Freud.
A pessoa histérica acaba se tornando extremamente frágil, insegura e vulnerável. É muito comum que ela desenvolva um medo exagerado e irracional das coisas, muitas vezes bobos e sem sentido algum. Daí acabam surgindo manias estranhas e comportamentos excêntricos, o que pode tornar a sua convivência com as outras pessoas insuportável.
Causas
O pai da psicanálise, Sigmund Freud, juntamente com alguns outros cientistas, fez uma ampla pesquisa sobre a histeria. Segundo ele, o transtorno tem origem nas lembranças reprimidas do indivíduo, que lhe causaram um intenso dano e desgaste emocional.
Freud também descobriu que a neurose não é problema exclusivo das mulheres, ao contrário do que se pensava. Os homens podem apresentar o transtorno, mas em uma porcentagem muito baixa. Quem é portador da histeria, possui um sofrimento emocional muito forte.
Histeria dissociativa
Quando a pessoa sofre da histeria dissociativa, todos os seus sentimentos e vontades são experimentados de forma tão intensa e abrupta, que ela muitas vezes se perde da realidade. Um exemplo para ilustrar essa situação é quando uma mulher sobe na cadeira e começa a gritar desesperadamente por causa de uma simples barata. Na histeria dissociativa, todas as reações da pessoa são muito exageradas e sem muito sentido.
Sintomas
Infelizmente muitas vezes a histeria é considerada pelas pessoas que convivem com o portador da doença como frescura ou simulação. Mas não é bem assim que funcionam as coisas. A histeria apresenta as seguintes manifestações clínicas:
- Alteração no paladar, visão, olfato e na fala
- Dores que aparecem, mas que não tem nenhuma causa física
- Anestesia em certas partes do corpo
- Tiques nervosos, soluços e tremores
- O indivíduo portador da histeria pode ter “zonas histerógenas”. Essas zonas são partes do corpo que, ao serem tocadas, provocam o surto histérico.
- Surdez
- Convulsões
- Náuseas e vômitos
- Depressão
Sintomas da dissociação histérica
- Sonambulismo
- Amnésia
Tratamento
O uso de medicamentos no controle da histeria é importante, porém o que é realmente eficaz para o paciente é a terapia, porque é através dela que a pessoa passa a entender o que se passa dentro de si e aprende a lidar melhor com seus próprios sentimentos e vontades. Isso é essencial, pois os portadores da histeria dificilmente conseguem sustentar qualquer tipo de relacionamento humano.
Por Danielle Batista