Apesar da extensão de nosso país, não é muito difícil avaliar a atual situação da política de saúde no Brasil, bastando somente observar as principais dificuldades encontradas na tão prometida Reforma Sanitária. Apesar das diversas melhorias que o Sistema Único de Saúde (SUS) teve nos últimos anos, a eficácia do mesmo ainda está em muito aquém daquela esperada quando consideramos um país tão diversificado e rico quanto é o nosso.
A pesquisadora Maria Inês Souza Bravo, em seu artigo Política de Saúde no Brasil, aponta vários problemas na atual proposta de Reforma Sanitária, como a fragmentação do problema, em vez de manter um olhar mais “universal”, que leve em consideração o mesmo como um todo, e a falta de recursos financeiros suficientes para uma implementação mais verídica daquilo que foi planejado.
Apesar dos avanços conseguidos até agora, a disparidade entre a proposta da Reforma Sanitária e aquilo que se vê em prática é muito grande. O SUS como elemento fundamental em uma renovada política de saúde ainda não possui força suficiente para garantir o bom atendimento em tempo hábil a todos os brasileiros.
A pesquisadora em questão destaca também a importância de pôr em prática as propostas aprovadas no 8º Simpósio Sobre Política Nacional de Saúde, sendo elas:
- Definição e adoção de uma política nacional de desenvolvimento;
- Defesa da Seguridade Social;
- Defesa das diretrizes do SUS, sendo elas a universalidade, equidade, integralidade, participação social e descentralização;
- Retomada dos princípios do Orçamento da Seguridade Social;
- Desenvolvimento de uma política de recursos humanos em saúde.
Caso seja alcançado tal objetivo, talvez o SUS seja melhor valorizado, passe a ser menos precarizado e assuma o seu real papel na sociedade brasileira.