Inicialmente, pensei em escrever um artigo sobre o que é a cirurgia bariátrica (ou cirurgia de redução gástrica) que se trata de uma abordagem por meio de intervenção cirúrgica para combater a obesidade. Bem, o fato é que quando comecei a escrever, “baixou” aquele espírito crítico que havia muito neste blog logo no início e decidi por mudar o texto a fim de falar também sobre a obesidade.
Assim, este artigo fala sobre o problema da obesidade (e o artigo sobre cirurgia bariátria, infelizmente, ficará para outro momento…).
O mundo está ficando gordo
Lembram-de que já falamos algum tempo atrás sobre a planificação do mundo? O autor Thomas Friedmann em “O Mundo é Plano” faz um excelente trabalho mostrando que o mundo está ficando cada vez mais plano, mas esquece de comentar uma outra coisa: o mundo está ficando cada vez mais gordo – e o Brasil no meio!
Pior, não estamos falando somente sobre engordar, estamos falando de obesidade, isto é, um sobrepeso elevado com consequências diretas à saúde da pessoa. Pessoas obesas são mais propensas a problemas de hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares, por exemplo.
A culpa disso? Outra vez vamos brandar: os fast foods? Que nada! Fast foods não são armas nucleares e não possuem vontade própria para obrigá-lo a comer (ao menos as pizzas que eu vi outro dia eram bem obedientes!). Nós estamos comendo os tais fast foods, nós não estamos praticando exercícios físicos, nós amamos o sedentarismo – carro, televisão, cinema, etc. – então nós somos responsáveis por tudo isso.
Outro dia, decidi checar algumas informações do Google Search e descobri que o número de pesquisas para assuntos ligados à nutrição tem caído. Bem, a cada ano a população aumenta X%, o normal seria que o volume de pesquisas aumentasse também em X% para demonstrar que o interesse ainda se mantém ou, em um quadro bem otimista, que agora eram X + Y%, ou seja, que o interesse aumentou. Não, a realidade é bem pessimista: as pessoas estão se interessando menos pelo assunto.
E para onde vamos?
Para cima da balança é que não é – ou a quebraremos fácil, fácil. Do jeito que as coisas vão, não podemos esperar que tudo melhore da noite para o dia, claro, mas o problema é que as coisas não estão melhorando!
Há muita informação sobre obesidade, problemas cardiovasculares, sedentarismo (e cirurgia bariátrica, que era para ser o tema deste artigo, mas acabou não sendo 🙂 ), etc. mas as pessoas não querem saber disso – ou melhor, procuram somente quando estão em casos bastante críticos de saúde.
Precisamos admitir uma coisa: nós somos os culpados, cada qual é responsável por sua saúde. E este não é um discurso demagógico, até porque não tenho experiência na área de política (onde podemos ver muitos discursos desse tipo).
Eu vou começar a me preocupar mais com a minha saúde, principalmente com minha massa (esse é o termo correto, e não peso, que na verdade refere-se a um tipo de força, mas deixa para lá). E você, amigo leitor, ainda possui dúvida de quem é a culpa da obesidade?