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Workaholic ou Worklover – identificando o seu perfil

Você já deve ter ouvido falar em um desses dois termos, caso contrário, muito provavelmente você não é nenhum deles. Estas são denominações usadas para as pessoas que trabalham muito, segundo o seu perfil. Por muito tempo, nós conhecemos somente a denominação workaholic, usada para definir uma pessoa viciada em trabalho, que não consegue viver sem ele.

Workaholic

Entretanto, estudos do Laboratório de Pesquisa do Trabalho da UnB (Universidade de Brasília) apontam que nem todas as pessoas que trabalham muito possuem o perfil de um workaholic, o que levou à criação do “worklover”: uma pessoa que trabalha muito, que também ama muito o seu trabalho mas que consegue separar trabalho de sua vida social e familiar, evitando que problemas nele atinjam outras esferas.

Quem é o workaholic?

Podemos dizer que, resumidamente, um workaholic (ou workólatra, em uma versão abrasileirada da denominação) é aquela pessoa que, por muito focar-se em seu trabalho, pode perder fácil o controle da situação e deixar que problemas profissionais afetem os outros campos de sua vida. Ele encontra motivação em suas atividades, mas ao perceber que não estão mais sob seu domínio, começa todo um período de crise, levando o indivíduo a aumentar ainda mais as horas de trabalho diárias. Fins de semana, feriado, férias? Se isso quase não havia antes, agora então, não há sentido para tê-los!

A jornada de trabalho de um workaholic raramente é menor que 60 horas semanais, o que implica em dizer que ele trabalhar cerca de doze horas por dia, SE tiver os fins de semana para descansar.

Além de crises familiares e perder contato com amigos, o workaholic pode apresentar vários problemas de saúde como alto nível de stress, depressão, obesidade (dependendo do tipo de atividade e hábitos alimentares do indivíduo), etc. Sendo assim, é fácil perceber que, a longo prazo, o perfil workaholic é altamente auto-destrutivo para o indivíduo.

Na verdade, ele pode não ser saudável até mesmo para uma empresa. Suponha que o gerente de um projeto é um workaholic. Tentando atingir melhores resultados, ele decide reduzir o cronograma e custos de um dado projeto, independente de saber se sua equipe possui condições de cumpri-lo. Quando a “bomba estoura” e os prazos estão muito atrasados, a primeira idéia que o workaholic possui é a de tentar “empurrar” (e não de estimular) a sua equipe para trabalhar mais. Ele consegue, por que eles não?

O problema é que isso pode ir contra os compromissos de um deles, o que levará inevitavelmente a problemas para alguém e como sabemos todo trabalho em equipe deve ser feito de forma saudável a fim de que todos possam conseguir oferecer o máximo de si e esse tipo de atitude pode somente dificultar ainda mais o sucesso do projeto.

E quem é o worklover?

Bem, se o workaholic trabalha 60 horas por semana, o worklover também! Se o workaholic possui inúmeras motivações, o worklover também não está atrás. E se é para falar em amor ao trabalho, os dois também encaram bem o desafio, com seus amores quase infinitos por aquilo que fazem. Então, qual é a principal diferença entre os dois?

Está em como cada qual lida com o trabalho e suas vidas fora dele. Enquanto que falhas em um projeto podem levar a uma catástrofe na família do workaholic ou conduzi-lo a novo tratamento médico (o qual o workaholic sempre acaba por não seguir por estar “sem tempo para isso”), o worklover consegue separar bem sua vida de seu trabalho, de tal forma que poderia cair uma “chuva de canivetes” em seu trabalho que nem mesmo causaria um arranhão em sua vida com sua família.

O worklover também trabalhar muito na semana, férias, fins de semana, não importa o dia – ele ama o que faz. Entretanto, ele sabe que, por não possuir muito tempo com as demais pessoas, o tempo que ele lhes dedica deve ter muita qualidade. Estas foram palavras de um professor, colega de trabalho, que me proferira um outro dia: “Mesmo que não tenhamos muito tempo com mulher e filhos, isso não afeta o amor que nós temos por eles ou eles por nós, pois o que importa neste caso não é a quantidade, mas sim a qualidade do tempo que passamos juntos”.

Conseguir diferenciar o perfil workaholic do perfil worklover foi com certeza algo realmente bom, pois agora nós podemos facilmente refletir e identificar a qual grupo pertencemos.

É importante comentar que mesmo um indivíduo worklover, sob muita pressão e adotando hábitos (ou vícios) de um workaholic poderá, com o tempo, mudar o seu perfil para workaholic. A vantagem nisso tudo é que fica claro que uma pessoa com o perfil workaholic também pode melhor gerir-se a fim de mudar o seu perfil para o worklover. Tudo depende, então, de uma iniciativa pessoal.

Prova disso pode ser o meu próprio comportamento: alguns anos atrás eu possuía um comportamento bastante workaholic, levando a discussões com minha família e, na época, namorada. Com o tempo percebi que aquilo não estava sendo muito saudável e, por isso, comecei um processo lento e contínuo para transformar o meu jeito de ser, conseguindo e mantendo um perfil worklover.

Entretanto, mudanças na nossa vida (casamento, filho e uma nova perspectiva profissional, no meu caso 🙂 ) podem levar-nos a mudanças no nosso comportamento. Voltando ao exemplo, quando vi minha vida inteira mudada de uma hora para outra, percebi a importância de construir um patrimônio, com o objetivo de trazer conforto para mim e para minha família. Como fazer isso? Do jeito que mais sei e amo – trabalhando! 😀

Então arregacei as mangas e, sem perceber, acabei assumindo muito mais compromissos do que deveria. Com o tempo a “bola de neve” foi crescendo e atrapalhando outras coisas. Não, ainda não estou em um estágio crítico quanto a problemas familiares: não discuto com minha esposa (que, por sinal, é aquela namorada do início dessa história 🙂 ) e as coisas estão indo mais ou menos bem.

A minha sorte é que hoje eu estava lendo os novos tópicos do blog Fique-Rico e um deles levou-me a uma nova auto-análise, percebendo então que preciso mudar algo mais em meu dia-a-dia a fim de poder dedicar-me mais à minha família (não, não sou do tipo que está o tempo todo totalmente longe da esposa e filho – que possui um mês de vida – tanto é que nas últimas noites quem ficou cuidando dele fui eu – e eu adoro aquele menino! 🙂 ).

Enfim, é importante que o profissional esteja o tempo todo refletindo sobre si mesmo em sua vida profissional, social, familiar, etc. a fim de identificar quaisquer problemas e buscar uma solução o quanto antes.

Quem pode ser um workaholic ou worklover?

Em primeira instância, qualquer um que se sinta bastante motivado a trabalhar e, se o tipo de atividade ainda recompensa aqueles que extrapolam os limites, ainda mais chances possui.

Na área de saúde, por exemplo, muitos médicos e enfermeiros chegam a fazer dois plantões seguidos, ou seja, a passar até 48 horas no local de trabalho, contando com algumas poucas horas para descanso lá mesmo.

Na área de tecnologia da informação, então, aí é onde está maior ainda a incidência, pois muitos trabalham em alguma empresa e também como freelancer e todo freelancer que se preze sabe que se você trabalha mais, então você merece ganhar mais, o que acaba levando a este comportamento.

Citando-me novamente como exemplo, em uma rápida descrição de minhas principais atividades no momento, posso contar o cargo como professor (por enquanto, substituto) em uma universidade, professor em um curso à distância (projetado e desenvolvido por mim mesmo), desenvolvedor “terceirizado” com carga horária de 40 horas semanais para uma empresa estrangeira, desenvolvedor freelancer para uma outra empresa estrangeira, e freelancer em alguns outros projetos menores.

É, isso mesmo, e eu não incluí os meus três blogs (Giga Mundo, Giga Mundo – Jogos e Nutrição em Foco) e o site de jogos em Flash (Carmaziel Games) que por enquanto são um projeto a longo prazo (ninguém espere começar hoje um blog ou site e já sair ganhando dinheiro! Bem, mas isso é assunto para um outro artigo 😉 ).

Daí fica fácil perceber porque é tão fácil para mim sair do grupo worklover e acabar entrando no grupo workaholic. 🙁

Quem possui seu próprio negócio, então, também pode ser acometido por uma crise de “workaholictite aguda ou crônica”.

Comparação entre o worklover e o workaholic

Bem, se você ainda não conseguiu identificar seu perfil, não há problema, aqui está uma tabela comparativa com as principais características das pessoas pertencentes a cada um desses grupos:

Worklover X Workaholic

É apaixonado pelo trabalho

É viciado em trabalho.
Está geralmente satisfeito com o trabalho e sabe lidar melhor com as dificuldades que aparecem.
É motivado por natureza, mas não necessariamente está satisfeito com o trabalho.
Se o trabalho vai mal,busca ajuda e soluções para os problemas.
Se a vida profissional vai mal, sofre e descuida da saúde.
Trabalha muitas horas por dia sem perceber o tempo passar, mas a satisfação se estende à vida pessoal. Tem equilíbrio.
Trabalha muitas horas por dia e abandona a vida pessoal.Piora a situação porque foge dos problemas privados “internandose” mais horas na empresa.
Se está sobrecarregado, encontra maneiras de priorizar tarefas e abrir espaço na agenda para a vida pessoal.
Se está sobrecarregado, encontra maneiras de priorizar tarefas e abrir espaço na agenda para a vida pessoal.
Sofre menos de stress,garantindo saúde mental e física por mais tempo.
Apresenta mais stress e tem mais chances de sofrer doenças cardiovasculares.
Fontes: Wanderley Codo; psicólogo; Angelo Soares, sociólogo; Rosângela Casseano, psicóloga

Agora acho que fica fácil saber quem você é, não? Se você auto-diagnosticou-se como um workaholic, não tenha vergonha de assumir isso (ora essa, workaholic não é sinônimo de má conduta ou significa que somos ruins, somente trabalhamos muito mais 🙂 ) e comece desde já a traçar uma meta bem clara de como conseguir sucessi profissional SEM afetar sua vida social e familiar e sua saúde

Tenha certeza de que este será mais um grande passo na sua vida, inclusive na profissional. 😉

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