A gravidez na adolescência em noventa e nove por cento dos casos é indesejável e é a principal consequência da atividade sexual do adolescente feita de forma inconsequente. Este problema tem afetado os jovens, famílias, educadores, profissionais de saúde, e oficiais do governo. Um estudo sobre os adolescentes do ensino médio concluiu que quarenta e oito por cento dos homens e quarenta e cinco por cento das mulheres são sexualmente ativos. Um quarto dos estudantes do ensino médio tiveram contato sexual com quinze anos de idade. A média de idade dos meninos que já tiveram relações sexuais é de dezesseis anos e para as meninas é de dezessete anos. Noventa por cento dos adolescentes, na faixa etária dos quinze aos dezenove anos, dizem que sua gravidez é indesejada.
Setenta e quatro por cento das mulheres acima de 14 anos e sessenta por cento das mulheres abaixo de quinze anos têm relatado ter relações sexuais involuntárias. Cinqüenta por cento das gravidezes na adolescência são no prazo de seis meses após o intercurso sexual inicial. Relata-se que, nos Estados Unidos, mas de novecentos mil adolescentes ficam grávidas por ano. Cinqüenta e um por cento das gestações resultam no nascimento, trinta e cinco por cento resultam em aborto induzido e quatorze por cento em natimortos ou abortos. Quatro em cada dez garotas adolescentes engravidam, antes de completar os vinte anos, pelo menos uma vez.
Existem muitas razões pelas quais os adolescentes optam por serem sexualmente ativos em uma fase precoce da vida. As razões podem ser o desenvolvimento puberal precoce, a pobreza, o abuso sexual na infância, falta de atenção dos pais, a falta de objetivos da carreira, da família e dos padrões culturais do sexo precoce, abuso de drogas, evasão escolar e baixo rendimento escolar. Fatores que desencorajam um adolescente a se tornar sexualmente ativo são o ambiente familiar estável, a supervisão dos pais, boa renda familiar, a conexão com os pais e vivência de uma família completa e feliz. Já os fatores que são responsáveis pelo uso consistente de contraceptivos entre os adolescentes são a busca pelo sucesso acadêmico, a expectativa para o futuro bem-sucedido e participação numa relação estável.
Há muitos riscos médicos associados à gravidez na adolescência. As adolescentes que têm menos de 17 anos estão em maior risco de desenvolver complicações médicas, quando comparados às mulheres adultas. O risco é ainda maior em adolescentes abaixo de dezessete anos. O peso da criança, dado à luz por um adolescente, é muito baixo nestas gestações. É geralmente abaixo de 2,5 kg. Outros problemas causados pela gravidez na adolescência são a prematuridade do filho, o nascimento da criança abaixo do peso, ganho de peso da mãe, problemas no estado nutricional, anemia, riscos de doenças sexualmente transmissíveis (devido à não adoção do sexo seguro) e hipertensão induzida pela gravidez.
Embora haja um aumento no uso de métodos contraceptivos por adolescentes durante o seu primeiro contato sexual, apenas sessenta e três por cento dos alunos do ensino médio dizem usar preservativo durante a relação sexual.
Segundo pesquisa, jovens que tenham participado em programas de educação sexual que lhes deu o conhecimento sobre os métodos de contracepção, a abstinência, doenças sexualmente transmissíveis e jovens envolvidos nas discussões, a fim de obter uma imagem clara, anticoncepcionais e preservativos usados eficazmente sem qualquer aumento da atividade sexual. Desta forma, a conscientização é ainda um passo muito importante no combate à gravidez na adolescência.