A varíola é uma doença grave, contagiosa, causada pelo vírus Orthopoxvírus variolae. No organismo, ele infecta uma determinada célula, onde ele se multiplica. O corpo tenta reagir contra a infecção, se defendendo e destruindo as células infectadas. O problema é que uma das proteínas produzidas pelo vírus provoca a resistência do mesmo, impedindo a sua destruição pelo sistema imunológico do individuo. Então a varíola se instala.
Sintomas
Depois de adquirir o vírus, a pessoa começa a apresentar os primeiros sintomas em torno de 12 dias (período de incubação). A doença é geralmente confundida no início com uma gripe, pois causa sintomas semelhantes, como dores musculares, febre e mal estar. Porém, ao longo dos dias as dores musculares ficam muito fortes.
O vírus causa a infecção de todas as vias respiratórias, se espalha pelo sistema linfático e circulatório até atingir a pele, que passa a apresentar pústulas específicas que aparecem primeiro na boca e depois se generalizam, preenchendo todo o corpo. Logo elas secam e formam crostas na pele. Quem sobrevive à varíola, acaba ficando com cicatrizes na pele e, caso as pústulas apareçam na córnea, a pessoa pode acabar ficando cega.
A variante hemorrágica da varíola não causa pústulas, mas sim pequenas hemorragias sob a pele. Quando elas começam a acontecer nos órgãos internos, a doença é fatal.
A varíola provoca também um enfraquecimento generalizado do sistema imunitário do doente, o que faz com que ele fique vulnerável também a outras doenças. O paciente pode vir a falecer, por exemplo, graças a uma broncopneumonia.
Transmissão
O contágio da varíola acontece via contato direto com o doente e seus objetos.
Diagnóstico
A doença é diagnosticada através de uma análise a nível microscópico do líquido extraído das pústulas que aparecem na pele. O vírus é bastante especifico e, por isso, facilmente identificado.
Nos dias de hoje, a varíola está erradicada, já que não faz vitimas desde a década de 80. A preocupação atual é com possíveis armas químicas que possam ser produzidas a partir do vírus da varíola.
Tratamento
Nenhuma das variantes da doença tem cura. Só a vacinação é eficiente.
Prevenção
No século XX, a varíola matou cerca de 500 milhões de pessoas. Mas, nos anos 70, a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um programa de vacinação contra a varíola. Portanto, quem foi vacinado naquela época ainda está imune à doença. O último caso de varíola foi registrado em 1977, na Somália.
Atualmente, o vírus é armazenado em dois laboratórios: um nos EUA e outro na Rússia. A OMS é contra isso e insiste que as duas amostras sejam destruídas, mas alguns cientistas são contra.
Não existe outro meio de se evitar a doença a não ser a vacina.
Por Danielle Batista