Pertússis ou coqueluche, ou ainda, tosse convulsa é uma doença extremamente contagiosa e infecciosa. É causada pelas bactérias Bordetelha parapertússis e Bordetelha pertússis. Esta doença atinge o funcionamento do sistema respiratório, causando forte bronquite (inflamação nos brônquios, levando à tosse dolorosa e intensa) e complicações (como pneumonias, convulsões, entre outros), podendo o indivíduo vir a falecer. Quase dois porcento das crianças recém-nascidas afetadas pela pertússis vêm a óbito.
Contágio
O homem é o único ser humano que é acometido por essa doença.
A contaminação se dá através do ar, quando uma pessoa infectada pela bactéria libera gotículas de saliva. A incubação destas bactérias pode durar em torno de 15 dias, após esse período começam a surgir os primeiros sintomas do perpetússis ou coqueluche.
Sintomas
Classicamente são três os estágios da doença:
- Primeiro estágio – coriza, tosse irritativa, febre, espirros;
- Segundo estágio – espasmo de tosse (tossidas repetitivas, por volta de 30 tosses seguidas e sem haver respiração), tosse azulada, perda de conciência momentânia ao tossir, produção de muco, sudorese e vômitos induzidos pela tosse. É no período da noite que as crises constumam ser mais frequentes;
- Terceiro estágio – redução progressiva dos sintomas. Este estágio pode permear por várias semanas.
Esses estágios podem durar de 6 a 10 semanas.
Em crianças recém-nascidas essa doença é mais grave, porque elas não têm muita resistência e a parada momentânia na respiração pode acarretar sérios danos ao organismo. Por isso acontece da maioria ser internada.
Pode haver, ainda, com poucas incidências, no segundo estágio a encefalopatia, devido a toxina.
Algumas complicações, como a pneumonia, por exemplo ocorrem devido a alguns organismos aproveitarem-se das lesões da mucosa e se instalarem no parênquima pulmonar.
Estima-se que, por ano, sejam infectados em torno de 40 milhões de pessoas e dentre estas, morrem quase 250 mil. A pertússis ou coqueluche, geralmente, acomete crianças de até 1 ano de idade. Sendo, esses dados, prevalecidos nos países em desenvolvimento.
Diagnóstico
Para um diagnóstico eficiente deve-se fazer cultura (análise) de secreção, hemograma específico (sedimentação normal ou baixa, leucocitose e linfocitose) e em alguns casos, ampliação de DNA. Além da avaliação correta do médico, ou seja, como os primeiros sintomas da pertússis é semelhante a de outras doenças e/ou infecções, deve ser seguidas algumas orientações, como a coleta de amostras de muco e a análise em laboratório da amostra.
Vale ressaltar que mesmo com estes procedimentos, se torna difícil o diagnóstico da doença num estado mais avançado, exceto a ampliação de DNA.
Prevenção
A prevenção se dá por vacinação. São elas: a DTP (difteria-tétano-pertússis) e a DTaP (DTP acelular), sendo a DTaP uma vacina com menos reações adversas, porém com a mesma cobertura imunulógica da DTP. Quimioprofiláxos como o Paracetamol, por exemplo, são usados a fim de reduzir a estado febril. Normalmente, o profissional de saúde indica o uso do Paracetamol antes e 6 horas após a vacina. Ele não reduz, de forma alguma, a eficácia da imunização.
ATENÇÃO! Só um profissional qualificado pode indicar a utilização de todo e qualquer medicamento, inclusive o citado acima.
A vacina é distribuída de graça para crianças nas unidades básica de saúde (UBS) ou postos de saúde, como são mais conhecidos.
É oferecida em três doses e dois reforços:
- Primeira dose – 2 meses de idade;
- Segunda dose – 4 meses de idade;
- Terceira dose – 6 meses de idade;
- Primeiro reforço – 1 ano e 3 meses de idade;
- Segundo reforço – 4 anos de idade.
A prenvenção por vacina é muito importante para a erradicação da doença, e, é obrigatória.
Tratamento
O tratamento é feito basicamente com uso de antibióticos, como a eritromicina. E preferentemente no primeiro estágio da pertússis, onde é mais eficaz.
Por Márcio Costa