Estava aqui, perdido, navegando, quando decidi que já estava na hora de escrever algo mais para quem quer ler um pouco mais, informar-se, no meu site.
Então escolhi falar sobre a depressão, ou transtorno depressivo maior, como também é conhecida, um problema de saúde de natureza inerentemente psicológica/psiquiátrica e que acomete grande parte da população – e pelo qual eu também já passei, durante a minha adolescência.
Este é um problema que não possui uma única razão ou causa. Os motivos podem ser vários, desde alguma disfunção alimentar (deficiência de vitamina B6, por exemplo) à submissão a stress intenso e rotineiro.
Este é um problema preocupante pois, segundo pesquisas da Associação Brasileira de Psiquiatria, sendo que de 3 a 11% da população saudável pode contrair o problema e, no caso de pessoas com algum tipo de doença física, a probabilidade aumenta para 22 a 33%, sendo que 80% das pessoas que já passaram por problemas de depressão podem voltar a contrair o problema!
Bem, diante de tantos números, fica claro que a depressão não se trata somente de “estar triste”. A depressão afeta profundamente o estado de humor da pessoa, levando facilmente a rápidas mudanças. Geralmente, quando sob pressão ou situações desconfortáveis, tais pessoas demonstram-se irritadas, tristes ou nervosas de forma mais exagerada do que uma pessoa normal se comportaria.
A depressão pode levar o indivíduo a isolar-se, abandonar atividades que antes considerava prazerosas, crises de insônia (ou mesmo dormir muito mais que o costume) ou de choro, pensamentos suicidas, perda do apetite, etc. Os sintomas são muitos e variam bastante, de pessoa para pessoa, bem como da causa da depressão.
Quando uma pessoa apresenta tais sintomas, o melhor a se fazer é tentar confortá-la, ouvi-la, buscar compreender seus problemas, mesmo que não pareçam graves – uma pessoa com depressão costuma ver os problemas em uma escala exagerada, então desdenhar do mesmo só piora a situação – e buscar indicar orientação médica.
Consultas a um psicólogo (ou a um psiquiatra) são sempre a melhor forma de iniciar-se o tratamento. Caso a crise não seja grave (como, por sorte, fora o meu caso), é possível resolvê-la por meio de várias sessões.
Se o caso não for tão simples, há a possibilidade de buscar socorro em tratamento por meio de medicamentos e tratamento por meio de estimulação de regiões cerebrais.
Dentre os tratamentos medicamentosos, podemos destacar o emprego de Inibidores Seletivos da Recaptação da Seotonina (ISRS), Tricíclicos e Tetracíclicos. Cada qual atua de uma forma diferente sobre um dos vários grupos de neurotransmissores que atuam em nosso organismo. Por exemplo, se for perceptível que há necessidade de inibição da serotonina no organismo, o mais indicado é o uso de algum ISRS.
No campo dos tratamentos não-medicamentosos (ou seja, que não prescrevem medicamentos), podemos destacar a eletroconvulsoterapia (ECT), a estimulação do nervo vago (VNS, da sigla em inglês) e a estimulação profunda do cérebro.
Infelizmente ainda não há excelentes meios para diagnosticar de forma rápida e eficiente qual o tipo de depressão a fim de saber qual a melhor forma de tratamento. Segundo a revista Galileu (edição de agosto de 2007), a medicina hoje ainda tenta descobrir para cada paciente por meio da “tentativa-e-erro”, isto é, um dos medicamentos é administrado (geralmente um ISRS inicialmente) e, se não der certo, passa para o próximo e, caso nenhum dos medicamentos surta efeito (não me lembro agora dos dados exatos, mas, se bem me lembro, cerca de 25% das pessoas demonstram resistência aos inibidores supracitados, sendo necessária, então, a aplicação de tratamento não-medicamentoso).
Uma vida saudável, sem stress ou onde tal situação seja facilmente gerenciável e uma boa alimentação são algumas das coisas que nós do Giga Mundo gostaríamos de indicar a quem possa ter se identificado com os sintomas daqui, principalmente se ainda não estiver em estágios avançados da depressão, pois quanto mais cedo tal problema for percebido e resolvido, mais eficazes são o tratamento e/ou métodos para prevenção.
E prevenir, como sempre, é melhor do que remediar.
Ah! E uma vida agradável e alegre ao lado das pessoa que se ama também é um ótimo meio de mostrar ao seu organismo que “está tudo bem e é você ainda quem está no controle”. 😉