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Depressão e alimentos

A maioria das pessoas não tem conhecimento sobre a relação  que existe entre depressão e alimentos. Os nutrientes ingeridos com a alimentação podem contribuir de maneira significativa ou para aliviar os sintomas depressivos ou ao contrário para potencializar os sinais de depressão, que é uma enfermidade que causa grandes prejuízos aos indivíduos seja na área social, afetiva ou profissional.

A origem bioquímica das emoções humanas e dos sentimentos de infelicidade ou alegria podem estar relacionados à comida que os seres humanos costumam ingerir. De acordo com especialistas na área de nutrição e nutrologia existem alguns nutrientes fornecidos pela alimentação que atuam na síntese dos neurotransmissores que são estruturas  químicas que colaboram para a comunicação das células nervosas que formam o sistema nervoso das pessoas.

 Influência dos neurotransmissores nas emoções humanas

No corpo humano existem vários neurotransmissores sendo que um dos mais importantes é a serotonina que é conhecido pela grande influência que exerce no estado emocional dos seres humanos. A serotonina tem a capacidade de melhorar o humor das pessoas de uma maneira geral, por isso é de extrema importância para os indivíduos portadores de depressão. Os hábitos alimentares que os indivíduos adotam tem relação com os níveis da serotonina no cérebro humano.

Esses níveis dependem principalmente de carboidratos e de fontes de triptofano que é na verdade um aminoácido precursor desse neurotransmissor. Portanto quando a pessoa ingere os carboidratos promove uma elevação nos níveis do hormônio insulina que tem como função fazer uma espécie de higiene nos aminoácidos que circulam na corrente sanguínea dos indivíduos, sendo que somente o triptofano não participa dessa higienização e quando essa substância chega no cérebro promove o aumento do nível de serotonina que tem a capacidade de diminuir a sensação de dor, promover a sensação de relaxamento, melhorar o sono e reduzir o apetite nos seres humanos.

Portanto quando as pessoas consomem alimentos pobres em carboidratos por um período muito longo podem ter mudanças no humor e sintomas de depressão. No caso das proteínas durante o processo de digestão do corpo humano elas  podem fornecer aminoácidos para  o organismo dos indivíduos.

A produção dos neurotransmissores conhecidos como adrenalina e dopamina está relacionada com o aminoácido chamado tirosina. Esses dois neurotransmissores promovem nos seres humanos a sensação de alegria e uma estado de dinamismo.

 Outros nutrientes presentes nos alimentos indicados para depressão

Os profissionais especializados na área revelam que alguns nutrientes presentes nos alimentos como por exemplo o ácido fólico também conhecido como folato, a vitamina B6, o cálcio, magnésio, selênio  e o ômega-3 podem auxiliar no tratamento da depressão nos seres humanos. No caso do folato que é uma  vitamina importante para o organismo humano ela funciona como um antidepressivo, que em concentrações baixas no corpo dos indivíduos apresentam a capacidade de reduzir os níveis da serotonina no cérebro.

No caso da vitamina B6 ela tem a capacidade de participar da síntese de alguns neurotransmissores que melhoram o humor nos indivíduos como a serotonina e a norepinefrina. No caso do mineral cálcio algumas pesquisas científicas revelaram que além dele ser bom para dentes e ossos saudáveis pode contribuir para controlar ou reduzir o estado de ansiedade, depressão e nervosismo  pois tem participação na transmissão dos impulsos das células nervosas regularizando também os batimentos do coração e a pressão arterial.

O magnésio funciona como um potencializador do cálcio além de estar diretamente envolvido no processo de regulação dos níveis de serotonina, tendo participação ativa também na síntese de energia e contração dos músculos corporais, além de contribuir para a manutenção normal dos batimentos cardíacos e dos impulsos nervosos no organismo humano. Outro mineral importante para reduzir os sintomas depressivos é o selênio que de acordo com estudiosos tem também uma participação relevante no humor dos seres humanos, pois já foi observado que os indivíduos com falta de selênio tendem a ser mais ansiosos ou depressivas.

Quanto ao ômega 3 os pesquisadores revelam que sua função vai mais além do que ajudar a reduzir os níveis de colesterol, proteção às artérias coronarianas e estabilização da pressão arterial dos indivíduos. Segundo eles o ômega 3 pode também ajudar a reduzir os sintomas da depressão. Em um estudo científico ficou comprovado que os participantes que consumiram alimentos ricos em ômega 3 apresentaram uma melhora considerável nos sintomas de depressão.

Vale ressaltar que os alimentos exercem uma importância muito grande em pessoas portadoras de depressão contribuindo para a redução dos sintomas clínicos, no entanto por se tratar de uma enfermidade de origem bioquímica com sintomas emocionais bastante prejudiciais, se o  indivíduo apresentar algum sinal depressivo deve procurar um especialista da área de psiquiatria ou psicologia.

Por Salete Dias

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