Apesar do nome não ser conhecido pela grande maioria das pessoas, a criptococose é uma infecção causada pelo fungo Cryptococcus Neoformans, que afeta além dos seres humanos, alguns animais, como por exemplo, o cão, gato, animais silvestres, e os pombos que são seus maiores transmissores. Os especialistas descrevem como manifestações clínicas as síndromes respiratórias, cutâneas, oculares e neurológicas.
Atuação do fungo no organismo humano
O fungo que causa a criptococose pode estar presente na mucosa nasal e na pele dos animais infectados,e também no solo onde há excrementos contaminados das aves,em especial os pombos, podendo permanecer ativo nesses locais por um período de mais ou menos dois naos. O ser humano contrai a criptococose quando inala os esporos do fungo causador da infecção, provocando a partir daí uma infecção considerada primaria das vias respiratórias do individuo,que afeta a cavidade do nariz.
Quando o fungo já está no corpo provocando a enfermidade ele pode se espalhar pela circulação da linfa ou do sangue presentes no organismo. Os profissionais da área alertam para o tropismo do fungo pelo sistema nervoso central do ser humano, resultando em uma quadro clinico de meningite criptococócica,uma doença que deve ser tratada de maneira adequada para que não provoque no indivíduo afetado uma baixa de imunidade.
Principais sintomas da Criptococose
Segundo especialistas, dentre as principais manifestação clínicas da criptococose estão: a síndrome respiratória, a síndrome neurológica,a síndrome ocular e a síndrome cutânea. Com relação aos problemas respiratórios foram descritos: espirros constantes, corrimento purulento ou com sangue no nariz e dispnéia inspiratória.
Já as complicações neurológicas foram descritas como: Quadros de depressão, ataxia, desorientação , espasmos, paraplegia, convulsões, pupila dilatada, perda do olfato e surdez. Os problemas visuais são caracterizados por: redução da visão até o individuo ficar completamente cego, hemorragia na retina, inflamação com edema da íris, midríase, córnea opaca, neurite óptica, fotofobia, entre outros. As manifestações clinicas da pele foram descritas como lesões ou ulcerações e são mais frequentes nos animais.
Diagnóstico da Criptococose
O diagnóstico da criptococose é realizado através de testes em laboratórios que fazem a pesquisa do antígeno polissacarídeo presente no soro e liquor. Outra forma de identificar a infecção pode ser a realização de um teste intradérmico usando um antígeno.
Tratamento da Criptococose nos seres humanos
Segundo especialistas o tratamento dos indivíduos portadores de criptococose é feito através da administração de anfotericina B em conjunto com a 5-Flucitosna. No caso das infecções na pele dos pacientes, podem ser administrados também itraconazol e fluconazol.
Como medidas profiláticas as autoridades de saúde recomendam que para haver o controle efetivo da criptococose, é necessário que haja um programa de ações preventivas que controlem o número de aves, principalmente pombos em um determinado local, pois esses animais são os principais transmissores dessa infecção.
Por Salete Dias