Giga Mundo – Saúde

Sua fonte de informação sobre saúde na Internet!

Cistite intersticial

A cistite intersticial, ou síndrome de dor na bexiga é uma condição crônica caracterizada por dor na bexiga. Ela pode estar associada com a incontinência urinária, aumento da frequência urinária, acordar durante a noite para urinar (noctúria) e uroculturas estéreis.

As pessoas com cistite intersticial podem apresentar sintomas que se sobrepõem com outros distúrbios da bexiga, tais como: infecção no trato urinário, bexiga hiperativa, uretrite, síndrome uretral, e prostatite.

Sinais e sintomas da cistite intersticial

Os sintomas da cistite intersticial são muitas vezes diagnosticados como uma infecção da bexiga “comum” (cistite). No entanto, tem sido mostrado que se diagnosticada como uma infecção por bactérias, os antibióticos se constituem em um tratamento ineficaz. Os sintomas também podem ser inicialmente atribuídos a inflamações na próstata e no epidídimo, nos homens, e endometriose e fibromas no útero no caso de mulheres.

Os sintomas mais comuns são: dor frequente nas relações sexuais, e noctúria. Outros sintomas descritos foram: dor ao urinar; dor que piora quando a bexiga está cheia, melhorando com a micção; dor que aumenta ao ingerir determinados alimentos ou bebidas, entre outros.

Causas

A causa da cistite intersticial até o presente momento ainda é desconhecida, no entanto, várias explicações foram propostas e incluem: teoria autoimune, a teoria de nervo, a teoria de mastócitos, a teoria da infecção, e uma teoria da produção de uma substância tóxica na urina.

Outras causas sugeridas são neurológicas, alérgicas, genética e estresse-psicológica. Além disso, pesquisas recentes mostram que pacientes com cistite intersticial podem ter uma substância na urina que inibe o crescimento de células da bexiga. Uma infecção pode então predispõem os pacientes a desenvolver cistite intersticial.

Diagnóstico

Um diagnóstico de cistite intersticial é feito por eliminação de outras doenças, bem como uma avaliação dos sintomas clínicos. As diretrizes médicas recomendam iniciar com uma história cuidadosa do paciente, exame físico e testes de laboratório para avaliar e documentar os sintomas da doença, bem como outras doenças em potencial.

No ano de 2006, a comunidade científica propôs mais rigorosos e exigentes padrões de diagnóstico com critérios de inclusão específicos, de modo que não poderia ser confundido com outras doenças semelhantes. De forma mais específica, eles requerem que o indivíduo apresente o sintoma de dor na bexiga, associado a algum tipo de sintoma urinário.

Dessa forma, o paciente que somente apresentar frequência ou incontinência, seriam excluídos do diagnóstico. Entretanto, um diagnóstico da doença poderia ser confirmado com uma cistoscopia com biópsia.

No ano de 2009, os investigadores do Japão encontraram um marcador de urina chamado fenilacetilglutamina que poderia ser usado para evitar um diagnóstico tardio.

Tratamento

Em 2011, a Associação Americana de Urologia lançou o primeiro consenso baseado em diretrizes para o diagnóstico e tratamento da cistite intersticial. A orientação descreve princípios da clínica de cuidados com o objetivo final de melhorar a qualidade de vida de pacientes com a doença.

As diretrizes de tratamento incluem:

1. Tratamentos de primeira linha – a educação do paciente, o cuidado de si (modificação da dieta), gestão do stress.

2. Tratamentos de segunda linha – Fisioterapia, medicamentos orais, instilações na bexiga.

3. Terceira linha tratamentos – Tratamento de úlceras de Hunner (laser, fulguração ou triancinolona injeção), hydrodistention (baixa pressão, de curta duração).

4. Quarta linha tratamentos – neuromodulação (sacral ou do nervo pudendo)

5. Quinta linha tratamentos – ciclosporina A, Toxina Botulínica (BTX-A).

6. Sexta linha tratamentos – intervenção cirúrgica (desvio urinário, aumento, cistectomia).

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

TopBack to Top