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Berne

Também conhecida como dermatobiose, a berne pode ser caracterizada por uma infecção que afeta o organismo humano e também os animais, e que é produzida em seu estágio inicial por uma larva de um inseto, mais precisamente da mosca da espécie Dermatobia hominis, conhecida popularmente como mosca-varejeira. Em alguns casos o corpo humano serve como hospedeiro para esta larva ocasionando uma  infecção no organismo.

Incidência da larva no Brasil

Segundo pesquisadores já desde o século XVI , as  chamadas populações ribeirinhas brasileiras, já haviam feito algum tipo de referência a este parasita entre os índios que habitavam a região. Segundo relatos, a berne se estendeu desde o sul do México até o Uruguai, praticamente para toda a América Latina, com exceção do Chile que foi o único país onde naquela época não houve nenhum registro de ocorrência de pessoas infectadas pelo parasita.

Ataque da larva nos animais

Os médicos e cientistas descreveram a forma em larva da Dermatobia hominis como de grande prejuízo à saúde de seus hospedeiros, já que elas produzem principalmente nos bovinos miíase furuncular ou nodular que é um quadro clínico que causa grande desconforto ao animal afetado pelo parasita. Segundo pesquisadores as perfurações que o parasita em seu ciclo provoca, corresponde a prejuízos na indústria, cerca de cinquenta por cento do couro produzido pelos cortumes é comprometido, e a indústria tem que arcar com os prejuízos que se estabelecem pela incapacidade dos animais, essa doença também interfere na produção leiteira do gado, além de comprometer também os animais em sua fase de crescimento.

Tratamento para o hospedeiro humano

Segundo especialistas para que seja removida a larva do organismo do corpo humano a técnica utilizada tem de ser o impedimento de sua  respiração através da obstrução do nodulo com um esparadrapo, por exemplo, ou com o uso de vaselina sólida. A partir daí deve ser realizada a retirada do parasita , através de procedimento cirúrgico. Antes de sua remoção, alguns médicos preferem que o berne já esteja morto. O uso de vacina antitetânica é aconselhável após o procedimento. Existem várias maneiras de extrair o berne do corpo humano entre elas, pode-se citar  a asfixia do berne, pela falta de oxigênio. Dessa forma a larva se projeta um pouco para fora da pele do individuo para buscar o oxigênio que lhe foi retirado. É nessa hora que os cirurgiões fazem a remoção do parasita. Já nos animais, os especialistas aconselham o uso de uma substância antiparasitária, pois neles é feita a extração mecânica.

Vale ressaltar que o  médico é profissional capacitado para proceder o tratamento da berne tanto em hospedeiros humanos, quanto em hospedeiros animais. Quando se detecta a presença do parasita deve-se imediatamente entrar em contato com o médico mais próximo ao local, para que ele possa providenciar os cuidados necessários. Não se deve tentar remover o parasita sem a presença do clínico, pois em caso de uma remoção incompleta, pode haver o desenvolvimento de um quadro infeccioso no organismo.

Por Salete Dias


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