A dependência sexual não se trata de um distúrbio ligado à quantidade de sexo, e sim à forma como o indivíduo lida com a sua sexualidade e que riscos ele se expõe por seus desejos sexuais. Quando a pessoa percebe, sua vida já está dominada pelo tema, não consegue quebrar o círculo vicioso facilmente. Podem ser horas e horas diariamente na Internet, vendo imagens e vídeos pornográficos, ou busca constante por prostitutas e outras parceiras sexuais. Sua vida, aos poucos, passa a girar em torno disso, comprometendo assim os vários outros aspectos dela.
O início
Para alguns psicólogos, esse tipo de distúrbio psicológico possui raizes na adolescência, fase de nossas vidas em que parecemos ser movidos pelo prazer e possuímos dificuldades em saber esperar, agindo assim por impulso. Entretanto, para alguns psiquiatras a manifestação da dependência só acontece por volta dos 35 anos, quando a pessoa já apresenta uma certa estabilidade.
Riscos
A dependência sexual pode gerar um círculo vicioso, sem fim. O apetite sexual nunca é completamente satisfeito, mesmo após uma relação sexual prolongada, levando a pessoa a buscar sexo com mais frequência e em fontes diferentes. Por fim, consome todo o seu tempo, prejudicando outros campos de sua vida, como o profissional, familiar e o social. Além disso, pode levar o indivíduo a grandes gastos para sustentar sua dependência, seja esse gasto com a prostituição ou a compra ou locação de conteúdo pornográfico.
Outro ponto a ser salientado é o risco de adquirir doenças como as doenças sexualmente transmissíveis (DST) ou até mesmo risco de morte, devido ao envolvimento com pessoas de conduta desconhecida. Há também o risco de expor-se ao ridículo ou mesmo de cometer infrações como atentado ao pudor, o que pode levar à prisão.
Tratamento da dependência sexual
Um tipo de tratamento em muito uso atualmente é por meio da psicoterapia e tal tratamento possui, em média, dois anos de duração. Trata-se da busca por apoio e aconselhamento profissional para aprender a lidar com suas emoções, desejos e sentimentos a fim de controlá-los melhor. Pessoas com tal desequilíbrio continuam a manter alta atividade sexual, mesmo após o tratamento, entretanto agora possuem um maior controle sobre seu corpo e suas decisões, evitando assim expor-se a situações perigosas ou mesmo constrangedoras. Não se trata, assim, de abstinência sexual, e sim de buscar uma melhor maneira de relacionar-se com o sexo.
Interessados também podem buscar ajuda em grupos de apoio, como o Grupo Dependentes de Amor e Sexo Anônimos, onde a troca de experiências e o apadrinhamento por alguém mais experiente são fundamentais na recuperação daqueles que buscam ajuda para resolver seu problema de dependência sexual.